A Liberdade e a Responsabilidade
O Mercado representa o conjunto das atividades econômicas nacionais e internacionais. A Política, por sua vez, pode ser sintetizada como a determinação do conjunto das atividades governativas. Resumindo: quem manda no Mercado e na Política somos nós! Portanto, para que tanto o chamado Mercado como a denominada Política sejam funcionais, é necessário que cada indivíduo em particular tenha a liberdade associada à responsabilidade, para tomar as melhores decisões e atitudes, em favor da concretização das dignidades humanas.
A noção de que a satisfação dos interesses coletivos é necessária à plena satisfação daqueles privados e individuais é o conteúdo principal da Responsabilidade.
Assim, todas as transações econômicas devem maximizar os efeitos decorrentes dos interesses individuais. Entretanto, exatamente para que sejam otimizada, essa gama de interesses individuais deve estar coordenada com os interesses coletivos. Entretanto, essa coordenação há de ser feita, exclusivamente, por uma disposição privada sem que haja qualquer forma de tolhimento à livre atuação individual. Necessário, dessa maneira, um incentivo educacional que desperte, em cada cidadão, essa responsabilidade racional que leva à auto coordenação entre interesses individuais e coletivos.
Da mesma maneira, a participação política de cada cidadão, seja pela fiscalização, seja pela cobrança, seja pela proposição, é o melhor caminho para determinar a construção social com base na Segurança, na Liberdade e, acima de tudo, na Justiça. Ao lado das estruturas mercadológicas as políticas também são controladas pelas conscientes e responsáveis decisões individuais.
As balizas do Estado Democrático de Direito devem ser priorizadas e defendidas a cada ação pessoal do cidadão, de maneira a que sejam maximizados os interesses individuais e coletivos.
Cabe a nós, e somente a nós, individualmente, a construção da Política e do Mercado Justos, pela Responsabilidade da Liberdade que busca o aprimoramento de nossas Instituições, conservando as melhores e reformando as ineficientes. Só assim transitaremos para uma sociedade próspera, desenvolvida, liberal e justa.
ANDRÉ NAVES
Defensor Público Federal, ex-Chefe da Defensoria Pública da União em São Paulo. Conselheiro do Chaverim, grupo de assistência às pessoas com Deficiência. Comendador Cultural. Escritor e colunista do Instituto Millenium, da Revista de Tecnologia 360, além de diversos outros meios de comunicação. www.andrenaves.com