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Entrevista dada ao Boletim DPU

Há quanto tempo está na DPU e por que motivo escolheu a instituição para trabalhar?

Tomei posse em 2010. Sou do 4 concurso (“141 corações”), mas a Defensoria Pública da União já corre em minhas veias desde o longínquo ano de 2001.

Eu estava na faculdade quando li, em um pequeno jornal jurídico, sobre essa nova instituição e seu primeiro concurso.

Era uma época de muita dificuldade para mim, mas, como dizem, as dificuldades são do mesmo tamanho que as facilidades… As pedras em nosso caminho são ferramentas para a evolução social.

O que eu quero dizer com isso?

É que entre tantos dramas pessoais, tantas dores, sofrimento, uma nova forma de encarar o Direito foi crescendo em minh´alma…

Foi como um ferro em brasa que marca a boiada…

Na mesma época eu tinha um professor de Seguridade Social (aspectos constitucionais de Direitos Humanos que moldam a Previdência e a Assistência Social) que me marcou profundamente ao mostrar que as Artes eram o calor da Lei…

Entendemos melhor a questão agrária depois de ler “Morte e Vida Severina”. A questão urbana, “O Cortiço”. A importância amazônica, ouvindo “A Floresta do Amazonas” de Villa Lobos. As possibilidades são infinitas!

Ir ao Teatro Oficina, por exemplo, é uma aula de Teoria Social do Direito! Evoé!

Qual instituição trabalha com a Previdência e com a Assistência? Qual instituição busca promover os Direitos Humanos? Qual instituição busca orientar a construção de estruturas sociais sustentáveis, inclusivas e justas?

No ano de 2001 ela vinha desabrochando, tal qual rosa vermelha…

Em meio a tantas dores e delícias, portanto, a DPU ficou marcada desde então em minha essência!

Vê alguma relação do trabalho no dia a dia da instituição com o conteúdo do livro, uma vez que diz que a proteção social é o caminho para a emancipação pessoal e coletiva?

Total! Eu conto em várias passagens do livro, inclusive.

Estou muito longe de ser um defensor tecnicamente ótimo. Entretanto, eu sei que cada assistido é uma pessoa que merece ser tratada com toda a dignidade possível. Esse é, muitas vezes, o meu papel.

A gente sabe das injustiças de cada dia… A gente sabe como o povo é flagelado cotidianamente. A gente vê as lágrimas e o desespero…

É nessas horas que o trabalho do defensor vai além da pureza jurídica: vai até se lambuzar com a Esperança. Não a Esperança da espera, mas aquela de Paulo Freire, o ato do Esperançar.

E o que é isso senão a emancipação cidadã de cada pessoa? É dar dignidade a cada indivíduo, realçando sua individualidade (identidade, diversidade, pluralidade…), para que a coletividade, emancipada, possa estruturar a sociedade em bases justas.

A individualidade é um traço intrínseco à natureza humana, refletindo nossa essência única e singular. Nossa identidade é formada pela combinação daquilo que trazemos de inato com as experiências vivenciadas ao longo da vida, além dos contextos sociais em que estamos inseridos.

É fato que as influências do meio em que crescemos moldam parte de nossa personalidade e preferências. Se nascemos em uma família corintiana, inserida numa comunidade majoritariamente corintiana, por exemplo, a tendência é que nos identifiquemos com o time e compartilhemos dos mesmos interesses esportivos.

Esse mesmo fenômeno se estende para outras características e traços de personalidade, onde a comunidade desempenha um papel crucial na construção da identidade individual.

Contudo, quando a coletividade, por meio de mensagens consumistas e materialistas, impõe padrões sem uma reflexão crítica individual, ocorre o contágio pelo egoísmo. O indivíduo se torna absorvido por um modo de pensar e agir que prioriza o “eu” em detrimento do “nós”. A busca incessante por bens materiais e a satisfação pessoal acima de tudo leva a uma padronização de comportamentos, gostos e atitudes. A individualidade se perde no meio desse individualismo exacerbado.

A partir do momento em que a individualidade é corrompida pelo egoísmo individualista, a diversidade e a pluralidade se tornam estranhos e, em alguns casos, hostis. A busca por semelhanças gera uma sociedade que se alinha a uma única forma de pensar, agir e desejar.

Em outras palavras, há uma padronização de vocabulário, ideias, ações e preferências estéticas. Todos gostam das mesmas coisas, desejam os mesmos objetos, fazem as mesmas viagens, tiram as mesmas fotos…

Esse processo resulta em estruturas excludentes e preconceituosas, uma vez que qualquer coisa que se desvie, é vista como fora do padrão e, por consequência, alvo de julgamento e rejeição. O preconceito floresce em terrenos onde a diversidade é sufocada.

Por outro lado, ele definha com a concretização dos Direitos Humanos, encarados como todos aqueles decorrentes da Vida, entendida como a plenitude das condições existenciais da pessoa; da Liberdade, entendida como a possibilidade de cada indivíduo ser, e se portar, segundo seus desígnios; Igualdade, entendida como equivalência concreta de condições de emancipação humana; Propriedade, entendida como possibilidade de se assegurar, e desenvolver, tudo aquilo que é próprio ao ser humano; e Segurança, que vai muito além do combate à violência, materializando-se como a oportunidade de satisfação das necessidades existenciais humanas (segurança alimentar, segurança sanitária, segurança educacional…).

Uma sociedade verdadeiramente sustentável é aquela que reconhece e valoriza a diversidade, que protege e fortalece os direitos humanos de todas as pessoas, independentemente de sua origem, etnia, gênero ou crença. Somente através de uma sociedade inclusiva e justa poderemos construir um futuro melhor, livre dos grilhões do ódio e da violência.

A Proteção Social é isso.

Como foi o processo de escrita? No livro, há contribuição daqueles que o ajudaram na recuperação após o acidente?

Como posso explicar? Sabe o jiló? Ele é amargo, mas delicioso! Escrever foi como comer petiscos de jiló tomando cachaça. Cada nova memória doía, queimava, era amarga… Cada reflexão era deliciosa, gostosa, de um prazer único.

Sabe como se fala orgasmo em francês? É “la petit mort”. Literalmente, a pequena morte. É uma visão extremamente poética daquele que é o prazer humano supremo. Todo dia eu escrevia um trechinho… Todo dia, uma nova “petit mort”…

Então, como vocês já devem ter desconfiado, escrever foi um fogo que arde sem se ver, para citar Camões.

E nesse mesmo sentido, tão paradoxal e antitético, escrever foi um ato de extrema solidão coletiva. Eu adentrava sozinho no brejo das lembranças, e saía de lá com as rosas que toda a coletividade plantou no meu Caminho…

A ajuda foi essa. Se não fosse por essa existência coletiva, eu nunca teria chegado até aqui. Eu jamais teria percorrido esse Caminho…

No texto, o Sr. fala em processo de superação depois o acidente aos 19 anos. Poderia nos contar como foi, principalmente em termos de superação?

Foi horrível!

Tanta dor, tanta humilhação, tanta lágrima…

Mas como diz Carla Madeira, tudo é rio. Tudo passa. Cartola diz uma coisa parecida quando canta que o Sol nascerá.

As terapias, os tratamentos, as lutas foram intensas. Na verdade, ainda são…

Mas, pensando bem, sabe a Luz que ofusca nossos olhos quando saímos da caverna? Ela cega, ela machuca, mas depois, ela ilumina o nosso Caminho…

A vida é isso, né? Eu enfrentei os meus obstáculos, nem maiores nem menores de que os de todos… Só diferentes…

Acho que eu tava zonzo de tanta Luz… Agora, já tô me acostumando…

Há também referência a um novo olhar diante da vida. Sobre isso, quais foram as principais mudanças?

Enxergar é perceber, com a alma, a maravilhosa essência que existe em cada ser humano.

Enxergar é a Beleza! Cada ser humano é único em suas notas… E a Humanidade é isso: é música, é poesia!

A Beleza é ser o protagonista desse espetáculo chamado Vida!

E mais.

Beleza é ser um protagonista que traz todos da plateia para o centro do palco. Isso é emancipar, dar dignidade, promover Direitos Humanos.

O Sr. fala em destinar a renda para instituições que promovem inclusão social. Se achar interessante falar quais são e por que foram escolhidas.

Eu escrevi esse livro para inspirar as pessoas a se envolverem com a cultura de Doar.

ENVOLVER!

Eu quero que cada leitor encontre uma instituição para chamar de sua, para que seu suor se misture à argamassa da construção social.

Claro que eu sugiro diversas instituições.

São para essas que eu doarei:

Chaverim (www.chaverim.org.br) – Inclusive, todas as ilustrações do livro foram elaboradas pelos “chanichim” (“afilhados” – assistidos) do Chaverim;

Turma do Jiló (https://grupotj.org/wp-content/cache/all/index.html);

Projeto Renascer (https://www.facebook.com/BATUIRAAMPARAASGESTANTESDEJACAREI/);

Vibrar com Parkinson (https://vibrarcomparkinson.com.br/).

Além do lançamento virtual do livro, há previsão de lançar de outra forma (presencial)?

Previsão, não… Mas quem sabe?

Há projetos para publicar outras obras?

Há sim. A temática, acredito, será a mesma: a grande sinfonia humana, que toca até o descer das cortinas! Gente é poesia que deve ser cantada!

Nos finalmente, agradeço demais as perguntas e convido a todos a visitarem meu site (www.andrenaves.com) e meu Instagram (@andrenaves.def).

Lá vão brotando as novidades…

Agora que dei uma entrevista para o Boletim DPU, como diriam meus estagiários, zerei a vida!

Matéria Portal: Siderurgia Brasil – Brasil: Potência da energia verde

Confira a matéria que saiu na mídia, Revista Siderurgia Brasil – GRIPS Editora – ANO 23 – Nº 157 – junho de 2022:

LIVE- Resiliência e empatia para trabalhar em equipe em ambientes inclusivos

Confira a participação do Dr Andre Naves na Live sobre Resiliência e empatia para trabalhar em equipe em ambientes inclusivos

Ouvimos falar muito sobre inclusão (Colocar em negrita) em nossas organizações, no âmbito pessoal e familiar; muitas vezes sendo um tema amplamente impulsionado pelo RH, governo e empresas comprometidas com a criação de ambientes igualitários e diversos, porém ainda há um longo caminho a percorrer na consolidação de uma sociedade inclusiva; por esse motivo convidamos André Naves a participar de nossa LIVE sobre “Resiliência e empatia para trabalhar em equipe em ambientes inclusivos”. Será um momento de reflexão, aprendizado e autoavaliação.

Palestrante: André Naves
Defensor Público Federal
Especialista em Seguridade Social
Comendador Cultural
Advogado, escritor e conferencista

Moderador: Daniel Bogomoltz
Country Manager GOintegro

Inscreva-se agora e participe!

É possível quebrar barreiras tendo deficiência? PODSHOW: André Naves – parte 1

Confira a entrevista

Seja bem vindo ao Se Liga Mais. Aqui você vai ter conteúdos exclusivos sobre inclusão social, mentorias exclusivas com especialistas e dicas em geral sobre o mundo da inclusão. Esse é um lugar para VOCÊ! Seja muito bem vindo. https://se-liga-mais.alumy.com/​​ Se inscreva em nosso canal no Instagram e acompanhe todas as novidades por lá: @seliganainclusao Edição e gravação: @zotteproducoes

JUSTIÇA REDUZ JORNADA DE TRABALHADORA COM FILHO DEFICIENTE

Em matéria do Valor Econômico, publicada no dia 04 de janeiro de 2022, nos deparamos com a excelente notícia de que a Justiça do Trabalho acatou o pedido de uma mãe e determinou a redução da carga horária semanal para que ela possa se dedicar ao tratamento do filho com paralisia cerebral, sem que haja redução salarial. A decisão foi fundamentada em um novo protocolo de julgamentos baseado em perspectiva de gênero, lançado em outubro pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

O pedido apresentado à Justiça era para que houvesse a redução da jornada de trabalho de 40 horas para 30 horas, para que a mulher pudesse acompanhar o tratamento do filho de 9 anos, que usa cadeiras de rodas e necessita de cuidados especiais. 

A magistrada, então, determinou a redução da carga horária para 30 horas semanais, preferencialmente na jornada das 7h às 13h, “a fim de que possa prestar a adequada assistência ao filho deficiente, sem prejuízo de sua remuneração, enquanto necessitar de tratamento especial” (mandado de segurança cível nº 0001165- 09.2021.5.12.0060). 

Também em seu despacho, a juíza citou o novo protocolo do CNJ. “Sendo omissa a legislação trabalhista acerca da possibilidade de redução de jornada para assistência ao filho portador de deficiência, o artigo 8º da CLT autoriza o julgamento com base em princípios e normas gerais de direito, analogia e jurisprudência”, escreveu. 

Segundo ela, as novas diretrizes apontam para “a necessidade de olhar e interpretar as normas trabalhistas pelas lentes da perspectiva de gênero, como forma de equilibrar as assimetrias existentes em regras supostamente neutras e universais, mas que, na sua essência, atingem de forma diferente as pessoas às quais se destinam”. 

O caso é emblemático porque, a partir dessa decisão interpretativa, que guiará a jurisprudência, ou seja, a forma como os tribunais decidirão sobre casos semelhantes, com possível flexibilização de jornadas de trabalho, sem redução proporcional do salário. 

Também é importante destacarmos que, apesar de ser uma decisão trabalhista, ela tem impactos previdenciários porque a partir dessa decisão, é possível inovar argumentativamente para se pedir novos benefícios assistenciais e previdenciários. 

Para ler a matéria na íntegra, acesse: https://valor.globo.com/legislacao/noticia/2022/01/0 4/justica-reduz-jornada-de-trabalhadora-com-filho-deficiente.ghtml

ANDRÉ NAVES

Especialista em Direitos Humanos e Sociais.
Defensor Público Federal. Escritor, Palestrante e Professor. Conselheiro do Chaverim, grupo de assistência às pessoas com Deficiência. Comendador Cultural.
Colunista do Instituto Millenium, além de diversos outros meios de comunicação. www.andrenaves.com

Quase meio milhão de pessoas aguardam atendimento da perícia no INSS

O Instituto começa um projeto piloto hoje em dez unidades para acelerar o atendimento. A ideia é medir a eficiência dos servidores.

Confira a matéria divulgada no dia 01/07/2021 na Globo:

https://globoplay.globo.com/v/9650615/

FILANTROPIA NO BRASIL

A filantropia é o ato praticado por agentes privados, isto é, organizações humanitárias, pessoas ou comunidades, no intuito de ajudar os seres vivos e melhorar as suas vidas. Ou seja, o trabalho filantrópico visa à emancipação humana mediante o estímulo às capacidades individuais, para que as carências existenciais sejam suplantadas, e mais indivíduos sejam incluídos na sociedade podendo, assim, contribuir com o progresso e o desenvolvimento do todo nacional.

O pendor filantrópico, também conhecido como alteridade, é inato ao ser humano, mas muitas vezes ele é obstaculizado por opções políticas desastrosas. Torna-se frequente, assim, o desincentivo à filantropia por questões como a insegurança jurídica ou o excesso de regulamentações teratológicas. É por esse motivo que se torna essencial a consciência política a todos aqueles dispostos a praticar ações filantrópicas.

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Ainda que seja importantíssima o alívio imediato às necessidades dos indivíduos, a filantropia, para ter sua efetividade exponenciada, deve coligar às ações de cunho imediato aquelas de caráter estrutural e capacitador. Ou seja, além da solução imediata e circunstancial às demandas da vida, a filantropia há de se preocupar com a inclusão de mais individualidades no seio social.

Assim, essa ação filantrópica estrutural, coligada à circunstancial, deve ser realizada politicamente, pela participação ativa dos indivíduos na fiscalização dos serviços públicos, bem como na interação com os processos políticos constituintes das instituições normativas da sociedade, no sentido de impulsionar melhorias educacionais, sociais e econômicas em geral.

Ou seja, os cidadãos devem atuar ativamente para melhorar as condições sociais da educação e da economia. Assim, essas ações filantrópicas, focadas nas questões estruturais da sociedade, tendem a incrementar a gama daqueles que efetivamente podem contribuir, com seu trabalho e sua livre iniciativa, em empreendimentos benéficos para o aumento do bem-estar social.

É nesse sentido que a filantropia circunstancial, emergencial portanto, deve ser paralela à estrutural, que visa a melhorar a capacitação individual, à melhoria do ambiente de negócios, e à permanente política de aprimoramentos institucionais presentes na sociedade.

É dizer que a atitude filantrópica capacitadora, que visa, por meio da educação, emancipar as individualidades, para que essas, mediante suas capacidades individuais, possam contribuir com o progresso nacional, deve ocorrer em conjunto com aquela imediata e necessária, porém pontual, e com aquela de caráter político, que visa desanuviar o ecossistema negocial e avançar no permanente reformismo institucional, tão necessária à responsabilidade fiscal impulsionadora da inclusão social.

É assim, pelo estímulo ao desenvolvimento da Nação, que se poderá diminuir as desigualdades e carências da sociedade brasileira.

ANDRÉ NAVES

Defensor Público Federal, ex-Chefe da Defensoria Pública da União em São Paulo. Conselheiro do Chaverim, grupo de assistência às pessoas com Deficiência. Comendador Cultural. Escritor e colunista do Instituto Millenium, da Revista de Tecnologia 360, além de diversos outros meios de comunicação. www.andrenaves.com

Matéria publicada em 18/06/2021: https://www.institutomillenium.org.br/filantropia-no-brasil/

EXCESSO DE BUROCRACIA IMPEDE ATÉ O DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DE FILANTROPIA NO BRASIL

Especialista explica a importância de ações filantrópicas para a redução da desigualdade social no país

Ao contrário do que muita gente ainda acredita, a ideia de filantropia não está apenas ligada ao assistencialismo, no sentido de realizar ações paliativas e, por várias vezes, pouco efetivas na resolução das necessidades da população. O conceito de filantropia é muito mais amplo, pois tem a ver com uma mudança verdadeira e investimento social com o objetivo de desenvolver e construir uma sociedade mais justa e igualitária.

Para esclarecer, o economista e Conselheiro do Chaverim, grupo de assistência às pessoas com deficiência, André Naves, define essas diferenças na cultura de filantropiacomo dois grandes grupos, um focado em ações pontuais para resolver problemas emergenciais e o outro voltado para a disseminação de valores e ideias. Ouça o podcast!

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“O importante é que as duas ações, tanto as circunstanciais quanto as estruturais, são necessárias e complementares. São realizadas, na maioria das vezes, pela sociedade civil, pelos agentes privados. São individualidades cuidando de individualidades”, exemplificou.

No Brasil, as dificuldades burocráticas, o excesso de normas e a insegurança jurídicasão obstáculos para qualquer tipo de ação filantrópica. De acordo com André, para que a filantropia prospere, “é preciso que o Estado, de alguma forma, permita melhorias no ambiente de negócios, fomentando o livre empreendedorismo social para que novas iniciativas surjam e façam frente às carências que os indivíduos na sociedade sofrem”.

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Quando o assunto é a diminuição da desigualdade social, a filantropia exerce um papel importante, pois pode cooperar com o aumento da igualdade de oportunidades. “É possível criar alternativas para que todos contribuam com o progresso nacional. A equalização de oportunidades diminui os contrastes sociais injustificados socialmente”, esclareceu.

O trabalho voluntário é uma das formas de se realizar a filantropia. Entre suas experiências com o voluntariado, André Naves conta como é o seu envolvimento e o trabalho do Grupo Chaverim.

“A associação busca fazer com que as pessoas com deficiência se integrem à sociedade, mas não numa posição subordinada. Ela busca principalmente a descoberta e estímulo das capacidades, pois todas as pessoas, de acordo com suas peculiaridades, podem contribuir com o progresso social”, comentou.

+Empreendedorismo é fundamental para a inclusão social

Outra forma escolhida por André para trabalhar de forma voluntária, e que também pode ser uma opção para quem deseja contribuir, é escrevendo textos e artigos para sites, jornais e revistas. Ele explica que, “ao disseminar ideias também estamos atuando filantropicamente para que a sociedade progrida e se desenvolva”.

Quem deseja fazer parte dessa cultura de filantropia pode começar procurando por iniciativas que visem a qualificação no sentido de busca pelas capacidades individuais. “Existem várias associações que fazem trabalhos belíssimos e todos nós, membros da sociedade civil brasileira, devemos atuar e trabalhar em conjunto”, finalizou.

+Venha para o Unidos do Bem!

Por meio de pesquisas e da produção de conteúdos esclarecedores, o Instituto Milleniumtem contribuído de maneira fundamental com o desenvolvimento social, pois colabora diretamente com a transformação do Brasil em um país mais equilibrado em relação à informação e às oportunidades.

Publicado em 17/06/2021 no Instituto Millenium: https://www.institutomillenium.org.br/excesso-de-burocracia-impede-ate-o-desenvolvimento-da-cultura-de-filantropia-no-brasil/

Cidades inteligentes

Conhecidas internacionalmente como Smart Cities, as cidades inteligentes são aquelas que usam, de maneira estratégica e intensiva, tecnologias aprimoradoras da infraestrutura, otimizadoras da mobilidade urbana, criando soluções sustentáveis e outras melhorias necessárias para a qualidade de vida dos moradores, bem como para a eficiente prestação dos serviços públicos.

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Tecnologia e Novo Ciclo de Desenvolvimento Nacional

O avanço da globalização que já integrava as atividades produtivas e comerciais, acelerou para os campos do trabalho e do estudo. O avanço das atividades online possibilitou os casos de alunos das melhores instituições de ensino global que frequentam os cursos mais diversos sem sair de casa. Também, empresas que exercem atividades econômicas passíveis de se prestarem virtualmente passaram a contratar sua força de trabalho além de suas fronteiras nacionais.

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“Environmental”, “Social” & “Governance”

Premidos pelas necessidades atuais para que os empreendimentos econômicos sejam viáveis, os requisitos ambientais (environmental), as exigências sociais e os critérios de governança aparecem como fatores obrigatórios à sustentabilidade das atividades econômicas, significando que são condições necessárias para a produção, com sucesso, dos resultados econômicos individuais e sociais visados. 

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Pragmatismo Político – Millenium

O mundo ideal não existe. O que temos é a realidade construída pela ação individual e coletiva, com toda a sua carga de valores e vícios, razões e paixões, e peculiaridades. Dessa maneira, devemos temperar os ideais teóricos com as facilidades e dificuldades geradas pela realidade em que estamos inseridos. Em outras palavras, podemos dizer que teorias puramente abstratas, desconectadas com a realidade concreta, estão fadadas ao fracasso.

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Se o mercado vai mal, de quem é a culpa? Provavelmente você pensou “da política, é óbvio”. Mas, e se a política vai mal, a culpa é de quem? Do sistema, dos políticos? São essas perguntas que o economista André Naves responde em seu artigo exclusivo para o Análise Econômica, do Clube Millenium.

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PREVIDÊNCIA PRIVADA, FUNDOS DE PENSÃO E INVESTIMENTOS

A previdência privada é uma espécie de aposentadoria que não se encontra vinculada ao sistema público, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sendo complementar à previdência pública. Ou seja, ela é uma espécie de investimento que se faz, de acordo com as regras disciplinadas e fiscalizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão do governo federal, geradora de rendimentos usualmente fruídos num futuro mais ou menos distante.

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O futuro é agora – Estadão

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Confira:

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O BRASIL E A OCDE

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico é uma organização econômica intergovernamental, atualmente com 37 países membros, fundada em 1961 para estimular o progresso econômico e o comércio mundial. Conhecida, informalmente, como “Clube dos Ricos”, constitui-se em um conjunto de países comprometidos com a democracia e a economia de mercado. Ao mesmo tempo, potencializam a comparação de experiências políticas, bem como a busca por respostas para problemas comuns, na tentativa de identificar boas práticas e coordenar as políticas domésticas e internacionais de seus membros.

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Ambiente de Negócios: o empreendedor brasileiro é, antes de tudo, um forte!

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SPACS

Special Purpose Acquisition Companies, também conhecidas por SPACS, constituem um modelo empresarial arquitetado nos Estados Unidos da América. São também conhecidas, no jargão, como sociedades “cheque em branco”, já que levantam recursos por meio da realização do Oferta Pública Inicial (Initial Public Offering – “IPO”), com o propósito declarado de utilizá-los na aquisição de empresas existentes e operacionais, mas não reveladas, em até 24 meses.

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Artigo exclusivo para assinantes do Clube Millenium traz a análise do economista André Naves em 08/04/2021

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CRITÉRIOS “ESG” E O BRASIL

O Brasil está inserido na chamada sociedade de mercado: a inter-relação comercial entre entes produtores e consumidores na busca pela reprodução e pelo aumento do valor. A sociedade brasileira, inserida, de maneira mais ou menos intensa, no mercado global, por intermédio de seus produtores e consumidores, atua no intercâmbio de bens, serviços e projetos, na busca de incrementos valorativos. É dizer que a cada troca ocorre um aumento de qualidade essencial, seja ela material ou imaterial, na produção, nos métodos produtivos, ou no consumo e uso dos bens, serviços e até das ideias intercambiadas. A Sociedade de Mercado de que fazemos parte exige a continuidade e a permanência desse desenvolvimento valorativo dos frutos de nossa produção.

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