Trabalho sem Fronteiras
O aprofundamento da globalização impulsionada pelo uso de novas opções tecnológicas em contexto de crise pandêmica vem possibilitando um maior intercâmbio institucional entre as nações. É que se torna cada vez mais comum o estudo e qualificação junto à diversas instituições mundiais de maneira virtual e online. Também, esse mesmo fenômeno é comumente replicado perante o mercado de trabalho de diversos setores econômicos, em especial aqueles relacionados à tecnologia.
Ou seja, é viável, e esse processo tem efetivamente ocorrido, trabalhar para empresas que se encontrem no exterior, ou, até mesmo, empreender em conjunto com elas. Dessa maneira, os trabalhadores e estudantes nacionais, tomando contato com as melhores práticas institucionais do mundo, de maneira pragmática, pressionarão politicamente pela melhoria do quadro institucional normativo brasileiro.
Esse marco institucional a ser perseguido é bem conhecido, e tende a ser impulsionado pelo aumento do contato de maiores setores populacionais com as melhores práticas internacionais. Ou seja, pela experiência daquilo que funciona, os brasileiros pressionarão politicamente para que o Brasil volte ao rumo do crescimento e do desenvolvimento: desburocratização, simplificação, facilitação e priorização das capacidades individuais e pessoais.
O Brasil deve se aproveitar desse processo para, melhorando o cenário institucional interno, receber impulsos que permitam a retomada econômica casada com o desenvolvimento social. Esse movimento, embora ainda inicial, já vem tomando corpo com o surgimento de organizações como o “Instituto de Tecnologia e Liberdade”, vinculado ao “Instituto de Pesquisas Tecnológicas”, que visa a formar maiores contingentes de trabalhadores qualificados às necessidades dos mercados, interno e externo, de trabalho.
Isso significa que o aparecimento de organizações dessa natureza, aliada à maior troca de experiências com o mundo globalizado, induzirá à melhoria do feixe de Instituições Normativas que regem a economia e a sociedade brasileira.
Assim, com o aumento da Liberdade e da Igualdade de Oportunidades, o caminho do desenvolvimento nacional, requisito necessário à Justiça, será retomado.
ANDRÉ NAVES
Defensor Público Federal, ex-Chefe da Defensoria Pública da União em São Paulo. Conselheiro do Chaverim, grupo de assistência às pessoas com Deficiência. Comendador Cultural. Escritor e colunista do Instituto Millenium, da Revista de Tecnologia 360, além de diversos outros meios de comunicação. www.andrenaves.com