O Retorno ao Presencial: Sintoma de falta de Inclusão!
A transição do home office para o trabalho presencial tem sido uma realidade para muitos funcionários, evidenciando um sintoma preocupante da falta de inclusão nas atividades econômicas. Incrivelmente, insistência no retorno ao trabalho presencial, especialmente por parte dos líderes empresariais, pode ser danosa à produtividade individual, desconsiderando desafios específicos enfrentados por diferentes grupos e prejudicando a inclusão.
A exigência de retorno ao trabalho presencial, muitas vezes, desconsidera os desafios diários enfrentados pelas mulheres, que muitas vezes lidam com dupla ou tripla jornada, cuidados domésticos e acompanhamento dos filhos. Durante o período de home office, esses desafios eram melhor equacionados, promovendo uma divisão mais igualitária nos serviços domésticos e beneficiando a produtividade.
Além disso, a convivência intensiva durante o home office estimulou uma maior participação dos pais na educação dos filhos, promovendo um acompanhamento mais próximo. O retorno ao trabalho presencial pode comprometer esses ganhos educacionais, impactando a qualidade da interação familiar e a divisão de responsabilidades domésticas.
Também, a pressão para o retorno ao presencial muitas vezes é originada por líderes empresariais que moram próximo aos escritórios, escapando dos desafios diários enfrentados por quem depende de transporte público, enfrenta o trânsito intenso e se expõe aos riscos urbanos. Isso demonstra uma falta de compreensão das dificuldades enfrentadas por funcionários que vivem em áreas mais distantes.
No mesmo sentido, a falta de experiência dos líderes com pessoas com deficiência resulta na ignorância das dificuldades físicas e emocionais relacionadas ao deslocamento para o trabalho. Também, rotinas de tratamentos e terapias são prejudicadas com o retorno ao presencial, colocando em risco a inclusão desses profissionais.
Em síntese, a exigência para o retorno ao trabalho presencial revela uma falta de consideração pelas diversas realidades enfrentadas pelos funcionários. Ao desconsiderar os ganhos do home office em termos de inclusão, equidade de gênero e qualidade de vida, os líderes empresariais comprometem a produtividade individual e coletiva. É fundamental que as empresas repensem suas políticas, reconhecendo a importância da inclusão e da flexibilidade para promover ambientes de trabalho mais produtivos e igualitários.